quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Atualizando (para memória futura)...

28ª Corrida da Árvore (26 de Março de 2023)

Finalmente a participação nesta prova já antiga e corrida em Monsanto numa manhã muito agradável para a prática da corrida

44ª Corrida da Liberdade (25 de Abril de 2023)

Depois de alguns anos de ausência nesta prova regressei neste 2023 , antes da prova foi tempo para visitar o Posto de Comando do Movimento da Forças Armadas, depois foi correr da Pontinha aos Restauradores, últimos quilómetros na companhia do Nuno Santiago. 

29º Corre-Praia (7 de Maio de 2023)

Esta prova do "Corre-Praia" foi uma das primeiras provas que fiz quando em 2004 retomei a participação nas provas, há já alguns anos que não participava.

6ª Milha Urbana Alberto Chaiça (13 de Maio de 2023)

20 anos depois voltei a correr uma "milha", a última tinha sido a do Seixal em 2023.

29ª Milha Urbana Baía do Seixal (28 de Maio de 2023)

Depois de uma noite de festejos, o Marquês esteve lindo e foi bonita a festa pá, o regresso à milha do Seixal. 

5º G.P. de Atletismo do Clube do Sargento da Armada (4 de junho de 2023)

Mais uma prova do troféu de atletismo de Almada "Mário Pinto Claro", esta ainda mais especial, o local de partida e chegada foi a pista do Arsenal do Alfeite, pista onde em finais dos anos 70 tantas vezes corri.

XIV Meia Maratona na Areia Analice Silva (18 de junho de 2023)

Presença obrigatória na prova com o nome da campeã, desde que esta meia foi rebatizada que não falhei um ano.

7ª Corrida Noturna Costa de Caparica (8 de Julho de 2023)

Prova de 10 quilómetros corrida nas areias da Caparica, sempre muito bom correr junto ao mar.


sexta-feira, 24 de março de 2023

28º G. P. de Atletismo da Charneca de Caparica.

Na manhã do passado domingo, 19 de março, Dia do Pai, realizou-se o 28º Grande Prémio de Atletismo da Charneca de Caparica, prova inserida no Troféu de Almada Atletismo "Mário Pinto Claro" 2022/2023. A organização esteve a cargo do clube "Amigos do Atletismo da Charneca de Caparica" com o apoio da Junta de Freguesia da Charneca de Caparica e Sobreda, da Câmara Municipal de Almada e do Comércio Local. Todas as provas tiveram partidas e chegadas junto ao Parque Desportivo do Clube.

Na 2ª prova do Troféu de Almada Atletismo "Mário Pinto Claro" 2022/2023 a minha segunda participação no que tem sido para mim um regresso à origem do atletismo como o que eu conheci e vivi durante a segunda metade da década de 70 do passado século XX. Era então o tempo do chamado atletismo à porta de casa. Foi nesse período e nessa prática desportiva, que tive o grato privilégio de ter privado com a família Pinto Claro e o seu patriarca Sr. Mário, mais de quatro décadas volvidas é muito bom participar num troféu com o nome de "Mário Pinto Claro". Cinquenta anos depois do 25 de abril estes troféus das câmaras têm muito do espírito do atletismo à porta de casa e clubes com o organizador deste Grande Prémio continuam a ser como então os grandes impulsionadores da prática do atletismo, nomeadamente por parte dos mais jovens.

quinta-feira, 9 de março de 2023

23º Grande Prémio do Atlântico SERAFIM MARTINS

 

Estive lá e mais que falar da prova (nada de negativo a apontar) deixo um pouco sobre Serafim Martins, o "Rebenta-Cavalos":

Serafim Martins é considerado um dos melhores atletas da sua época, um dos símbolos de uma geração que marcou o atletismo em Portugal e, um ídolo na sua terra, a Costa de Caparica. De origem humilde, nasceu no dia 1 de Maio de 1888. Desde miúdo que gostava de correr, fazendo despiques com os seus companheiros de infância. Começou a trabalhar aos dezassete anos e, nunca quis ter como profissão a arte de pescador, preferiu ser peixeiro. Para ele era mais aliciante e rentável comprar peixe na praia da Costa e comercializá-lo pelos vários vendedores espalhados dentro e fora do concelho. 

Levantava-se cedo, para preparar o seu cavalo com as gigas para o transporte do peixe, umas vezes para a Fonte da Telha, outras para Cacilhas ou até para Sesimbra, quando necessário. Durante as suas caminhadas, colocava-se ao lado do cavalo, incitando-o a acompanhá-lo nas suas corridas. Raros eram os animais que conseguiam aguentar o desafio que as obrigações lhes exigia, chegando mesmo a ter que mudar de cavalo todos os anos. Era no entanto, um homem com grande dedicação e estima pelos animais, sobretudo pelos seus cavalos. Esta sua caricata atitude, valeu-lhe a alcunha local de “Rebenta-Cavalos”, nome pelo qual era cohecido na Costa de Caparica. 

Considerado um atleta fora do comum, devido ao seu 1,85 m de altura e 80 quilos de peso, Serafim Martins começou muito cedo a carreira de desportista e a sua participação nas corridas era muito apreciada pelos conterrâneos, daí ter-se tornado num ídolo dos caparicanos em pouco tempo. Em todas as suas provas surgiam, além dos grupos de apoiantes da Costa de Caparica, grupos oriundos de outros lugares do concelho e de outras regiões, que queriam vê-lo correr e ganhar. Equipando-se inexplicavelmente com o traje típico de pescador, camisa e ceroulas de flanela atadas abaixo do joelho, Serafim Martins corria descalço, o que representava de certo modo a sua humilde proveniência e, ficou conhecido no mundo do atletismo como o “corredor peixeiro”. 

Representando o Grupo Sportivo da Costa de Caparica, na prova de selecção para os Jogos Olímpicos de 1912, em Lisboa, alinhou na partida ao lado de de atletas com maior experiência, como Francisco Lázaro. Serafim Martins deu provas de grande valor ao longo de todo o percurso, andando sempre à frente durante 40 quilómetros, muito apoiado pelos seus conterrâneos que o incitavam. Contudo, a investida de um cavalo assustado pela multidão, levou-o a desistir antes da subida da Calçada do Carriche, abrindo a vitória para Lázaro, sendo este seleccionado para os Jogos Olímpicos de Estocolmo.

A 21 de Setembro de 1913, organizou-se a primeira “Volta à Caparica”, sendo Serafim Martins o indiscutível vencedor. Campeão nacional olímpico, nesse mesmo ano, o atleta caparicano venceu no Velódromode Palhavã a prova de 5.000 metros, com o tempo de 16,56 minutos e ganhou também, o título de 10.000 metros em 36,08 minutos. No ano seguinte, a 19 de Julho, venceu de maneira indiscutível a Maratona de 42.800 metros, em Lisboa, com o tempo de 3 horas, 6 minutos e 3 segundos, tendo recebido como prémio um relógio em ouro, feitos noticiados em grande relevo no jornal “Os Sports Ilustrados”. No ano de 1934, organizou-se de novo a Volta à Caparica, estando presentes atletas de renome como Manuel Dias, Jaime Mendes, Adelino Tavares e Joaquim Correia, entre outros. Ao ter conhecimento, Serafim Martins que se encontrava doente, levantou-se da cama com 39 graus de febre e foi correr, equipado à sua típica e invulgar maneira, ficando em quarto lugar. 

Além da marcha, fazia numerosas e distantes caminhadas, tendo por isso recebido a denominação de “pedestrianista”. Considerado um marco incontornável da história do desporto em Portugal, Serafim Martins terá alcançado os 50 melhores tempos de sempre desde que existem as corridas no País. 

Faleceu a 18 de Agosto de 1969, sendo hoje muito recordado pela população da Costa de Caparica e, estando imortalizado na sua toponímia. Foi considerado numa publicação da Federação Portuguesa do Atletismo, existente na Biblioteca Nacional, como um dos melhores de sempre do atletismo português.

Fonte: almadaonline.pt

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

32º Grande Prémio Fim da Europa

"A princípio é simples, anda-se sozinho

Passa-se nas ruas bem devagarinho

Está-se bem no silêncio e no burburinho"

trecho da canção "O primeiro dia" de Sérgio Godinho 

Também o meu Fim da Europa a princípio foi simples, não andei sozinho mas passei nas ruas da encantadora Sintra bem devagarinho, esteve-se bem no silêncio e no burburinho… 

"Bebe-se as certezas num copo de vinho

E vem-nos à memória uma frase batida

Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Hoje é o primeiro dia do resto da tua" 

trecho da canção "O primeiro dia" de Sérgio Godinho 

A certeza era que iria de Sintra até ao ponto mais ocidental do continente europeu, o copo de vinho ficou para mais tarde, no almoço tardio desse último domingo de janeiro. A frase essa sempre a ecoar na cabeça, hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.

"Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo

Dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo

Diz-se do passado, que está moribundo

Bebe-se o alento num copo sem fundo

E vem-nos à memória uma frase batida

Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida"

trecho da canção "O primeiro dia" de Sérgio Godinho 

Pouco a pouco o passo tornou-se no deixar ir, sempre a frase a martelar, hoje é o primeiro dia do resto da tua vida...

"E é então que amigos nos oferecem leito

Entra-se cansado e sai-se refeito

Luta-se por tudo o que se leva a peito

Bebe-se, come-se e alguém nos diz: Bom proveito

E vem-nos à memória uma frase batida

Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida"

trecho da canção "O primeiro dia" de Sérgio Godinho 

Quase sem dar por isso a Azóia, pouco depois o Cabo, pelo meio o encontro com o meu amigo e homônimo António Almeida que já regressava da chegada. Meta cortada, o cabo conquistado, volta-se cansado, mas volta-se feliz. E a frase que não sai da cabeça…"hoje é o primeiro dia do resto da tua vida"…

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Balanço 2022.


Em 2022 participei em 25 provas nas quais corri 353.5 quilómetros...
Bom mesmo foi o prazer de ter participado em cada uma dessas 25 provas e as boas memórias que ficam.
De "meu" 2022 de corridas ficam também algumas notas:
Participei numa prova integrada no Troféu de Atletismo de Almada "Mário Pinto Claro", esta estava em falta, ainda não ter participado  numa prova do troféu com o nome do Sr. Mário Pinto Claro, senhor com quem tive o enorme privilégio e felicidade de me ter cruzado em finais dos anos 70 do século passado, anos em que eu como juvenil/júnior corri pelo São Paulo de Almada, Mário Pinto Claro já era então uma enorme referência para muitos de nós.
A "meia" do mestre e a "meia" da Analice disputaram-se com poucas horas entre elas,...não havia alternativa mesmo, sábado à tarde visitei o mestre, domingo de manhã marquei presença na meia na areia com a Analice no coração.  
Corri duas vezes a São Silvestre da Amadora, algo que provavelmente nunca mais se repetirá.
Muitos anos depois regressei ao Tejo...a última vez tinha sido em 2009.
Corri as minhas primeiras provas como M60, 17 no total.

47ª São Silvestre da Amadora.

Clicar na imagem para ver melhor

No último dia do ano de 2022 mais uma presença na São Silvestre da Amadora, uma prova única pelo grande ambiente criado pelas muitas pessoas nas ruas que este ano ainda me pareceram mais em festa do que em outros anos, sempre a melhor maneira de acabar mais um ano de corridas...